18 de out. de 2012

Polícia encontra corpo de jornalista desaparecido em Curitiba


Atualização- 18/10/2012
Polícia encontra corpo de jornalista desaparecido em Curitiba
Foi encontrado nesta quinta-feira (18) em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, de acordo com a Polícia Civil. O jornalista foi morto a facadas. Leia mais....
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Há suspeita de perseguição política no desaparecimento do jornalista em Curitiba.

PASSEATA - CADÊ ANDERSON LEANDRO?

A família de Anderson e o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná vão organizar uma passeata, no Centro de Curitiba, nesta quinta-feira (18), para pedir agilidade nas investigações. O grupo vai se reunir, a partir das 11h, na Praça Tiradentes e deve seguir até a Boca Maldita.

Na manifestação, que recebe o nome de “Cadê Anderson Leandro”, parentes de outras pessoas desaparecidas também devem comparecer.
Inf. Sinditest

O jornalista está desaparecido desde a última quarta-feira (10) quando seguiu para Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, para realizar uma matéria para sua produtora a Quem TV, e não foi mais visto a partir de então.


Ele vestia camisa azul e calça jeans, calçava sapatênis marrom e dirigia uma Renault Kangoo, placa AON 8615.

Qualquer informação pode ser repassada para a Polícia pelos telefones (41) 3815-3000 ou 190


MOTIVAÇÃO POLÍTICA

Uma intensa mobilização por parte da família do jornalista, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) e de militantes e entidades do movimento social aponta que o sumiço pode ter motivações políticas.


Regina Cruz, presidente da CUT-PR quer esclarecimento rápido sobre o desaparecimento do jornalista em Curitiba.


O Sindicato dos Jornalistas do estado emitiu, nesta segunda-feira (15), uma nota oficial denunciando a crescente perseguição política aos jornalistas e blogueiros no estado e cobrando atitudes do poder público.

SUSPEITAS
Em recente carta, a família do jornalista pede maior ação por parte do poder público, pois há suspeita de perseguição política. Também o professor de comunicação social, Valdir José Cruz, foi ameaçado por exigir informações sobre o caso, o que aponta contornos maiores ao caso do que um simples sumiço.

Informações enviadas pela família (15/09/2012):
Depois de quatro dias de buscas intensas, amigos e familiares do jornalista Anderson Leandro enviaram correspondências por meio de seus advogados e de entidades dos movimentos populares de Curitiba ao governador do Estado, Beto Richa, e ao Procurador-Geral do Ministério Público do Paraná, Doutor Gilberto Gyacoia, pedindo que o caso seja considerado pelas autoridades policiais como sequestro por motivação política. Também solicitaram que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – e a unidade especial Tigre, grupo de elite da Polícia Civil, assumam as investigações e confiram o caráter político ao sumiço dele. Anderson Leandro atua há aproximadamente 20 anos no movimento popular e, por isso mesmo, é detentor do maior acervo de imagens políticas e de cenas de conflitos relacionados às pressões dos movimentos sociais do Paraná.

A Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) da Polícia Civil adota a linha de investigação pautada em crime passional e a família de Anderson Leandro tem receio de que se repita no caso dele a demora e a consequente perda de pistas que aconteceram em outros episódios similares, como o do sumiço do engenheiro Renato Brandão, há mais de um ano.

 As buscas iniciais começaram por volta das 2h madrugada do dia (11/10/2012) por meio do fone 190, sendo que, na manhã deste mesmo dia formalizou-se o desaparecimento com o registro da ocorrência na Delegacia da Vigilância e Capturas de Curitiba. Após isso, na madrugada de quinta para sexta-feira (12), a família entrou com pedido de liminar junto ao Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça, para que fosse quebrado o sigilo telefônico do celular e dos telefones fixos (residencial e comercial) do jornalista.

A Justiça acolheu o pedido de quebra do sigilo telefônico ao meio-dia de sexta-feira, em pleno feriado. A DVC recebeu o relatório com o número das chamadas registradas no aparelho, mas a família não tem acesso ao conteúdo desse documento. Os investigadores informaram apenas que foi detectado sinal do aparelho às 12h55 do dia do desaparecimento na região de Campina Grande do Sul. Também foram identificados sinais do celular de Anderson Leandro nas regiões do Parolin e nas imediações do Detran. Depois dessa quebra de sigilo, a família não obteve mais nenhuma informação a respeito das buscas da polícia e mobilizou amigos e lideranças em esforços próprios.

O Sindijor-PR entende que o poder público deve intensificar as investigações com extrema urgência, já que se trata de um tema que atinge toda a sociedade.

NOTA DO SINDICATO


"“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná – Sindijor-PR, na condição de entidade de defesa dos valores materiais e morais da categoria, vem por meio desse documento solicitar atenção dos órgão responsáveis para um tema de grande relevância: o desaparecimento do jornalista Anderson Leandro da Silva, 38 anos, que trabalha na empresa Quem TV.
Anderson está desaparecido desde a última quarta-feira (10 de outubro de 2012), quando saiu da empresa de comunicação, por volta das 12h30, dirigindo o carro Kangoo (Renault), de cor branca, placa: AON 8615. Sua família registrou Boletim de Ocorrência (B.O: 2012/919767) na quinta-feira (11 de outubro) e ainda aguarda informações.
O Sindijor-PR entra em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná com o objetivo de intensificar a busca pelo profissional. Jornalistas de todo Paraná estão mobilizados e exigem providências."


Quem tiver alguma informação deve entrar em contato com a Delegacia de Vigilância e Capturas, onde a família registrou o desaparecimento, pelo número (41) 3815-3000. A delegacia fica na Avenida Afonso Pena, número 974, no bairro Tarumã, em Curitiba.



Fontes: G1 Gazeta do Povo Correio do Brasil 

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